Abaixo matéria publicada originalmente no Jornal Estado de Minas.
Com a palavra, a Fiat.
Fonte: Jornal Estado de Minas
Fiat Grand Siena decepciona proprietários com
diversos problemas mecânicos
Taxistas que apostaram na compra do Grand Siena
devido ao sucesso da geração anterior do sedã estão insatisfeitos
com vários defeitos apresentados pelo modelo
Paulo Henrique Vivas- Estado de Minas
Publicação:03/04/2014 11:13 Atualização:
Em time que está
ganhando não se mexe. Foi pensando nesse velho ditado e motivados
pelo sucesso e baixo custo de manutenção da primeira geração do
Fiat Siena que um grande número de taxistas de Belo Horizonte optou
por adquirir o Grand Siena, lançado em 2012. Mas o resultado não
tem sido o esperado, pois essa nova geração do sedã compacto, que
recebeu desenho e interior novos, tem apresentado diversos problemas
mecânicos e decepcionado tanto os motoristas de praça quanto outros
proprietários de modelos particulares.
O mecânico Roney
Cesar, da oficina Só Táxi, afirma que chega a receber,
semanalmente, cerca de 30 unidades de Grand Siena, com vários tipos
de defeitos, dentre os quais os mais comuns estão relacionados aos
sistemas de suspensão e transmissão. “Em seis meses, cheguei a
trocar mais de 20 caixas de marcha avariadas, sendo que consertei
mais de 30 no período, todas apresentando vazamento de óleo”,
conta Roney, que destaca também a incidência de um barulho crônico
na suspensão dianteira do sedã.
Rodney Antonio da Silva,
taxista e dono de um Grand Siena Attractive 1.4 2013, com 62 mil
quilômetros, conta que foi até a oficina para trocar a embreagem do
seu carro pela segunda vez. “A primeira troca foi aos 43 mil
quilômetros e, inacreditavelmente, com menos de 20 mil quilômetros,
outro conjunto de embreagem teve que ser instalado.” Silva relata
que a bateria do seu carro durou apenas quatro meses e que a caixa de
marchas precisou de um novo retentor para conter um vazamento. Ele
também reclama de um incômodo ruído seco proveniente da suspensão
dianteira, que nunca é solucionado, apesar de já ter levado o
veículo à concessionária Strada para a verificação.
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Efraim de Almeida fica inseguro com barulho no
airbag frontal
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Desde a primeira revisão, o taxista
Efraim Ribeiro de Almeida, proprietário de um Grand Siena 1.4
Tetrafuel 2014, que está com 38 mil quilômetros, alerta a
concessionária Strada a respeito de um vazamento na caixa de marchas
que insiste em continuar. “Além do vazamento na caixa, o airbag do
lado do passageiro apresenta um dispositivo interno solto que tem
incomodado e causado insegurança”. Cansado de aguardar os reparos
para o veículo, que é sua ferramenta de trabalho, Almeida decidiu
reivindicar seus direitos de consumidor na Justiça.
Outros problemas que o
mecânico Roney Cesar enumera e que são facilmente encontrados no
Grand Siena estão nos discos de freio, que empenam com frequência,
rolamentos avariados, folga nos coxins da suspensão e a mangueira
superior do radiador estoura facilmente. “Gostaria de saber e
entender o que a Fiat fez com esse Grand Siena, pois a geração
anterior do modelo não apresentava tantos problemas. Pelo contrário,
a maioria dos clientes da oficina que tem a geração anterior do
Siena está muito satisfeita”, comentou Cesar.
DECEPÇÃO
Jadison
Benevenuto dos Santos, que trabalha como taxista há 35 anos,
ressalta que, nesse período, teve diversos modelos da Fiat. Porém,
ele afirma que nenhum outro carro deu tanta dor de cabeça quanto o
seu atual Grand Siena Essence 1.6 2013, que está com 30 mil
quilômetros e 10 meses de uso: “A embreagem quebrou aos 15 mil
quilômetros e a suspensão bate muito. O motor de arranque já foi
substituído e também tive problemas com a parte elétrica e a
fechadura do porta-malas”. Muito decepcionado, Santos afirma que
este é o último carro que adquire da marca italiana.
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Mais um caso de barulho na suspensão foi
verificado no Grand Siena Essence 1.6 2013/2014 do analista de
sistemas Paulo Marcelo Alves. “A sensação é de que tem alguma
coisa batendo. Quando levei o veículo pela primeira vez à rede
autorizada, os procedimentos adotados foram o ajuste e a lubrificação
do batente da suspensão, que nada resolveram”, declarou.
Recentemente, Alves retornou à concessionária Tecar para uma nova
tentativa de solucionar o defeito: “Dessa vez trocaram os
amortecedores dianteiros, coifas e o batente da suspensão, mas o
problema ainda continua. Isso é uma falha de projeto do veículo e
um desrespeito com o consumidor. Cheguei a andar em um modelo
semelhante ao meu com apenas 500 quilômetros e ele apresentou a
mesma situação. Estou bastante frustrado”.
FABRICANTE
Consultada, a assessoria da Fiat informou que não há uma única
resposta para os casos apresentados e que para um melhor
esclarecimento sobre a questão seria necessário um levantamento dos
históricos dos veículos envolvidos.
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